Já cogitou usar a técnica de storytelling nos seus eventos? Essa é uma prática bastante utilizada no marketing que ajuda a envolver o público, criando uma narrativa interessante sobre produtos, serviços e marcas.
Mas no que exatamente consiste essa técnica? Como aplicá-la ao setor de eventos? Continue a leitura para tirar essas dúvidas e conferir 5 maneiras de utilizar o storytelling nas suas produções.
O que é storytelling?
Storytelling é a forma como é chamada a arte de contar histórias para envolver o público. Nesse contexto, o contador de histórias, que pode ser uma marca, um personagem, uma mascote ou outros, transmite uma mensagem de uma forma divertida. Para isso, podem ser usadas técnicas literárias e linguagem não verbal.
Uma loja tradicional, com anos de existência, pode se inspirar na história dos seus criadores para envolver os consumidores, utilizando a realidade como base e incluindo detalhes lúdicos. É bastante comum que empreendimentos fundados por imigrantes usem esses fatos para construir uma história interessante.
O objetivo da técnica no âmbito do marketing é gerar identificação com o público, fazer com que as pessoas se tornem fãs da marca e criar um relacionamento. Afinal de contas, conseguimos nos conectar de forma mais intensa a algo quando conhecemos sua origem.
Por que usar o storytelling em eventos?
O storytelling funciona muito bem na publicidade de produtos e pode gerar ótimos resultados no setor de eventos. Pode ser usado para envolver o público em relação ao nome da produção, seu objetivo, a atmosfera que se planeja criar, entre outros detalhes.
Para deixar mais claro, vamos tomar como exemplo um festival de música eletrônica conhecido mundialmente: Tomorrowland. Mais do que trazer apresentações musicais, a ideia do evento é criar um clima mágico, inspirado no movimento New Age e suas ideias de amor e luz.
A produção já teve como lema frases como: Yesterday is history, today is a gift, tomorrow is mystery (O ontem é história, o hoje é uma dádiva, o amanhã é mistério) e Live today, love tomorrow, unite forever (Viva hoje, ame amanhã, unidos para sempre).
Todos os detalhes do evento consideram a história que os seus idealizadores desejam contar. Por isso, há shows pirotécnicos, fumaças coloridas e espaço para camping decorado seguindo o tema. Tudo isso garante aos participantes uma imersão completa no tema.
Esse é apenas um exemplo em meio a diversas possibilidades de contar histórias sobre um evento. Existem muitas maneiras de fazer isso, seja escolhendo um tema para a produção, aliando o projeto a uma causa, entre outras opções.
Exemplo de storytelling
Você provavelmente já deve ter visto nos supermercados o famoso sorvete Häagen-Dazs. Sabia que a sua fama se deve exatamente à estratégia de storytelling?
Apesar do nome ter semelhança com palavras em alemão e holandês, a empresa foi fundada nos Estados Unidos. Os proprietários mudaram o nome do produto de Senator Frozen para Häagen-Dazs e incluíram na comunicação que a empresa era holandesa. Assim, os sorvetes começaram a ganhar fama.
É preciso destacar que esse é um caso drástico que está em uma linha tênue da ética. Afinal, a história criada fez o público entender algo que não é realidade, pois a empresa não era da Holanda. No entanto, o exemplo mostra o poder do storytelling para atrair o interesse do público.
Como usar o storytelling em eventos?
Agora que já explicamos o que é storytelling, confira 5 formas de aplicar a estratégia em seus eventos.
1. Escolher um tema para o evento
Uma forma interessante de utilizar o storytelling em seu evento é escolher um tema, assim como o festival Tomorrowland e tantos outros. A partir do tema escolhido, você pode criar uma história e complementá-la com todos os detalhes da produção, como: atrações, identidade visual, decoração, atividades realizadas, linguagem, forma de atendimento prestado pela equipe etc.
2. Usar as redes sociais para contar histórias
As redes sociais são uma ferramenta muito válida para a aplicação do storytelling. É interessante usá-las para compartilhar imagens e vídeos detalhando a história que permeia o projeto.
Inclusive, dependendo das particularidades do evento, é válido até incluir histórias enviadas pelo público que façam sentido para o contexto. Isso pode começar meses antes da produção acontecer para manter o engajamento dos seguidores.
3. Ter um personagem principal
Várias marcas têm um personagem principal para contar a sua história, que pode ser seu fundador, uma mascote ou até um ser criado por realidade virtual. São muitas as possibilidades, especialmente hoje em que temos acesso a uma série de recursos tecnológicos.
Lembrando que não é obrigatório ter um personagem, o próprio exemplo que citamos do festival Tomorrowland não tem. Entretanto, essa é uma das maneiras de aplicar a estratégia com grandes chances de sucesso.
4. Criar histórias para despertar emoções
O ser humano tende a se conectar mais profundamente com aquilo que lhe desperta emoções. É válido se basear nisso para aplicar o storytelling nos seus eventos. Contudo, é preciso verificar os tipos de emoção que fazem sentido em relação à produção.
Se for um evento de música jovem, por exemplo, não faz tanto sentido contar histórias tristes. Nesse caso, a irreverência e o humor irão se encaixar de forma mais interessante para o público.
5. Envolver o público na história
Independentemente de qual seja a história contada em relação ao evento, é preciso envolver o público. Para isso, vale recorrer às histórias enviadas por eles, perguntas e respostas nas redes sociais, concursos culturais, áreas interativas no local etc. O envolvimento é a chave para um storytelling de sucesso.
Conclusão
Histórias conectam pessoas e as fazem se interessar mais por determinado assunto. Entrar em uma padaria e comprar um pão não parece tão interessante quanto escolher um produto de uma receita exclusiva e centenária de uma família, por exemplo.
Os detalhes tornam as histórias mais interessantes, geram afeto e criam conexão. Portanto, não se esqueça deles ao criar uma narrativa para o seu evento, lembrando-se sempre de não ultrapassar os limites éticos.
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